“Estamos bem! Evitamos sair de casa e vamos ver como tudo irá se desenrolar” – foi o que disse a Irmã Maria Inês Sampaio, religiosa brasileira que vive no Haiti, ao comentar o clima político e social no país após o assassinato do presidente Jovenel Moïse, ocorrido nesta quarta-feira, 07 de julho.
Segundo publicação da BBC News Brasil, a morte do presidente foi precedida por meses de instabilidade política e de segurança pública no país. A primeira-dama também foi ferida no ataque.
Desde as primeiras horas desta quarta-feira, o clima é de tensão no país. Segundo a Irmã Maria Inês Sampaio, religiosa da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria que desde 2018 reside no país, por precaução, a população está em casa e aguarda o desenrolar dos fatos.
O Haiti é a nação mais pobre das Américas e possui um longo histórico de crises políticas, sociais e tragédias. No último ano, além da dimensão política, a crise humanitária impacta fortemente a população, especialmente a mais pobres. Há escassez de alimentos. A violência cresce cotidianamente. Em abril, a Congregação participou do Dia de Oração pelo fim da violência no Haiti.
“A situação que já estava complicada, agora ficará mais difícil. Agora é Deus por nós e pelo povo para nos dar esperança e força. Mesmo com tudo isso nós estamos bem. No momento é só rezar mesmo. Rezar, rezar e rezar” recomendou.
Presença no Haiti
Há 34 anos, a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria é presença solidária e evangelizadora no Haiti com duas comunidades. Diante da desafiante realidade local, o trabalho missionário das Irmãs é um sinal misericordioso de Deus para o povo. As religiosas atuam com a educação popular, formação de lideranças, escola bíblica, comunidades eclesiais de base, infância missionária e geração de renda com as hortas comunitárias.
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Por: Magnus Regis | comunicacao@icm-sec.org.br