Na Sexta-feira Santa, 15 de abril, a Via-Sacra do Povo de Rua percorreu as ruas do centro da maior capital do país, São Paulo, para reconstituir os últimos passos de Jesus, fazendo um paralelo com a situação de muitos irmãos e irmãs em situação de rua, negação de direitos e de vida digna.
As Irmãs do Imaculado Coração de Maria, que recentemente iniciaram uma frente missionária com a população em situação de rua na cidade, participaram da caminhada.
Liderada pelo Padre Júlio Lacelotti, Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua da Arquidiocese de São Paulo, a caminhada “Via-Sacra de Jesus. Via-Sacra do Povo de Rua”, saiu do Largo São Bento e caminhou até a Catedral da Sé, refletindo o drama de mais de 30 mil que habitam as ruas. A cruz que seguiu em toda a caminhada estava marcada com nome de pessoas de rua que morreram por falta de assistência ou por violência.
“Nesta sexta-feira maior, nos comprometemos como a vida dos irmãos e irmãs em situação de rua. Por isso, carregamos a cruz, com o nome dos irmãos que foram mortos pela violência, pelo frio, pelo abandono, fome, desprezo, indiferença, pelo ódio aos pobres”, afirmou o Sacerdote, lamentando as situações em que a população de rua é retirada a força das vias públicas.
Conforme informações publicadas pelo Jornal O São Paulo, da Arquidiocese de São Paulo, a Via-Sacra contou com três paradas, em frente ao prédio das secretarias municipais de Administração e Assistência Social, na Prefeitura de São Paulo e na sede da Secretaria de Segurança. Nestes locais, a reflexão sobre a indiferença dos poderes públicos, a falta de assistência e a promoção de violência e ações de truculência contra os irmãos e irmãs de rua.
A caminhada foi encerrada na catedral da Sé.