As orientações pastorais para o enfrentamento ao tráfico humano

A Irmã Rose Bertoldo, de Manaus (AM), e o leigo ICM Francisco Alan, assistente social e integrante da Comissão Pastoral da Terra do Pará, destacaram as orientações pastorais da Igreja para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

A atividade foi o tema dos trabalhos da tarde de sábado, 15/10, no Seminário de Formação e Animação Missionária da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, em Porto Alegre/RS.

Os palestrantes deram ênfase na caminhada da Igreja a partir de 2014, quando a Igreja celebrou a Campanha da Fraternidade e o Tráfico de Pessoas. Após essa iniciativa, os bispos do Brasil constituíram a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humanos. A conta com a presença ICM das Irmãs Rose Bertoldo, Eurides Alves de Oliveira, Maria Bernardete Macarini e do leigo Francisco Alan Santos.

“Somos um grupo que caminha desde o nascimento da Comissão. É um espaço importante que ocupamos e compartilhamos a bagagem que temos de caminhada. Isso reflete o compromisso que temos como Congregação”, disse Alan.

A Irmã Rose também destacou a integração com outras inciativas, como a Rede Clamor cuja atuação é continental (América Altina e Caribe) e reúne comissões episcopais, congregações e redes intercongregacionais que vivem a missão junto aos migrantes e refugiados.

“É uma rede de redes, antes voltada aos migrantes e refugiados. Depois ampliado para a questão do tráfico na migração como um todo”, disse Irmã Rose, que acrescentou afirmando o horizonte comum da Rede: acolher, proteger, promover e integrar.

Para Alan, estes espaços são importantes: “São espaços que atendem ao apelo do Papa Francisco de contribuir na luta contra o tráfico de pessoas. Não vamos acabar com o tráfico humano enquanto não acabarmos com as raízes geradoras dele”, disse.


Ao olhar o panorama destas instituições eclesiais, Irmã Rose e Francisco Alan recordaram a missão da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Inspirados pela ação fundacional de Bárbara Maix, ainda em Viena, com as jovens em situação de vulnerabilidade, destacaram:

“Desde a fundação temos o olhar voltado para os sujeitos da nossa missão. Barbara vê, escuta e percebe a realidade. Criou estratégias para que as jovens não ficassem expostas às violações e explorações. Esse é o olhar de Bárbara! Ela serviu, defendeu e promoveu a vida”, disse Alan.

Alan disse ainda que, embora haja muitas dificuldades nessa missão tão exigente, a recompensa é ouvir de muitas pessoas frases como: “Obrigado! O seu trabalho salvou a minha vida!”. “Isso não tem preço e por isso vale a pena lutar”, finalizou.


Por: Magnus Regis | comunicacao@icm-sec.org.br

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