Rever a caminhada percorrida é conhecer a força profética da missão assumida na causa do Tráfico de Pessoas. Foi assim que começou o Seminário de Formação e Animação Missionária da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.
Na sexta-feira, 14 de outubro, a oração que deu início ao evento trouxe a recordação da vida, que “tirou do coração a experiência que se armazenou”. Os compromissos foram escritos em pegadas que mostrou a linha do tempo congregacional e sua atuação séria, sólida e solidária junto aos sujeitos de missão, na causa do enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Na primeira pegada, o “Clamor primeiro”, na raiz fundacional da Congregação, onde Bárbara Maix acolhia as jovens desempregadas que eram potenciais vítimas da prostituição. A segundo marco histórico foi no ano de 2006, com a participação na fundação da Rede Um grito pela Vida, rede intercongregacional da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) cuja atuação é específica no enfrentamento ao tráfico de pessoas. O terceiro passo aconteceu de 2006 a 2008 com a sensibilização e visibilização da causa nos encontros e Conselhos Plenários ICM. O quarto marco aconteceu em 2009 com o compromisso capitular e participação na Rede Talita Khum e o compromisso com a causa das mulheres e crianças vítimas de exploração sexual e do tráfico de pessoas.
O momento celebrativo prosseguiu com o quinto marco: a Beatificação de Bárbara Maix e a fundação da comunidade Bem-Aventurada Bárbara Maix, em Manaus-AM, no ano de 2011, para esta missão prioritária. O sexto passo, também em 2011, foi a realização do I Seminário Estadual sobre o Tráfico Humano – Um grito, um clamor, um crime. A sétima marca, de 2011 a 2014 foi a preparação e a realização da Campanha da Fraternidade 2014: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” e a Campanha “Jogue a favor da vida”, da Rede Um Grito Pela Vida, com a ampliação da presença ICM na mesma rede.
Por fim, a oitava marca, em 2022, com a reafirmação da missão pela vida e contra o tráfico humano, expresso no documento capitular:
“Assumir o compromisso com a Vida Religiosa Consagrada em saída, atenta aos apelos dos sujeitos emergentes, e às causas sociais como: população em situação de rua, abuso e exploração sexual, tráfico de pessoas, violência contra a mulher, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, o extermínio das juventudes e a causa socioambiental.
A caminhada apontada mostra um compromisso vivido com amor, sensibilidade e profetismo.